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Fábula #16

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Estou confortavelmente deitado no sofá a ler e tu no computador a trabalhar. O almoço ainda me pesa no estômago e a volúpia de uma tarde passada na tua companhia faz-me sorrir. Nesse momento olhas para mim e perguntas o porquê do meu sorriso. Respondo que estar aqui, perto de ti, é o melhor tónico para a minha boa disposição. Sorris também.


Algum tempo depois, sinto movimento na tua mesa de trabalho e olho, por cima da leitura, para ti. Ajeitas o cabelo negro e comprido num rabo de cavalo, as costas arqueadas e a expressão serena. Miro languidamente os contornos do teu corpo, o teu peito grande e direito sem necessidade de apoio, a tua cara em perfil, lábios doces e carnudos, maçãs do rosto altas e olhos escuros e brilhantes como carvões numa fogueira. Novamente sorri. Novamente sou apanhado e questionado. Desta vez digo "És a mulher mais bonita que eu já vi na vida".


Levantas-te e vens até mim. Beijas-me demoradamente e montas-me com cuidado. As minhas mãos nas tuas. Sinto a tua pélvis na minha e fico imediatamente mais animado. A tua língua brinca com a minha e as tuas mãos largam as minhas e puxam-me o cabelo suavemente. Imediatamente começo a apalpar-te. Sei que queres que passe a mão no teu corpo e faço-te a vontade. A tua respiração acelera e dizes-me "quero-te" ao ouvido com voz rouca e sensual.


Com um golpe de rins levanto a minha pélvis contigo em cima de mim e puxo as calças de fato de treino e os boxers para baixo num movimento só. Afasto-te a tanga para o lado e coloco a cabeça do meu pau junto dos teus lábios. Lambes a mão e afagas-me, conferindo-lhe uma lubrificação que facilita a minha entrada. De uma estocada só enfias-me dentro de ti. Exalas ruidosamente e voltas a beijar-me, enquanto lentamente meneias a cintura. A cadência lenta facilita o teu orgasmo e rapidamente sinto-te a apertar-me mais e mais, os teus gemidos aumentam de tom e a onda cresce até ao climax. Nesse momento, tiras-me de dentro de ti e continuas com a mão. Olhas-me nos olhos e perguntas-me se gosto assim. As minhas mãos torcem os teus mamilos enquanto respondo que sim, que quero mais, que me quero vir para ti.


Não aguento mais, penso para mim. Fecho os olhos. Sabes imediatamente o que vai acontecer. De um salto colocas-te de gatas no meio das minhas pernas e aceleras com a mão enquanto olhas para mim e perguntas "queres-te vir na minha boca?". Respondo que sim e deitas a língua de fora, lambendo-me a glande docemente. Expludo imediatamente e fecho os olhos, sentindo o calor da tua boca fundo em mim, os teus lábios a preencherem-me, os teus gemidos de prazer misturados com os meus.


Depois beijas-me. Sinto o meu sabor na tua boca, salgado e acre, misturado com o mentolado da pasta de dentes. Abraço-te com força. Só assim faz sentido. Ficamos assim alguns minutos. A recuperar o ritmo cardíaco. Intimamente ligados, somos dois mas somos um. Depois beijas-me docemente, lábios com lábios, levantas-te e retomas o teu lugar na mesa de trabalho. Eu pego novamente na leitura mas antes, olho para ti. E sorrio...


 

Fica!

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Não vás, peço-te! Fica comigo, deixa-me amar-te como mereces. Deixa-me fazer de ti o centro do meu mundo, o sol à volta de onde orbito, o planeta que gravito como uma pobre lua.


Sem ti a meu lado, para me apoiar, amar e aconselhar, para me ouvir desabafar e para confiar os meus pensamentos mais negros, o mais certo é perecer, ensandecer no mínimo.


És a minha Super Mulher!