Desafio dos Pássaros #14
Não nasci para isto
By Coiso
Oláaaaaaaaaaaaaaaaa. Como estão os meus leitores mai lindos desde a última semana?
De que “isto” é que estamos a falar? É neste momento que eu gosto de meter aqui o sapinho malandreco. Porque se é pelo caminho da malandragem, posso dizer que sim, eu nasci para isto!
Desde muito puto, sempre fui uma criança particularmente precoce. Seja na qualidade, seja na quantidade de eventos em que me metia. O meu primeiro beijo registado com língua sucedeu antes dos 6 anos de idade. Coisas de putos, ainda não sabia muito bem o que estava a fazer, as minhas recordações do momento são particularmente difusas, na medida em que aconteceu na hora da sesta do jardim infantil e eu sempre fui criança para ser caracterizada de hiperactiva, irrequieta, eléctrica, chamem-lhe o que quiserem.
A minha primeira experiência sexual também foi particularmente precoce, teve como segunda interveniente uma colega de turma da altura e sucedeu na casa da avó dela, durante o estudo, com a Senhora Avó na sala ao lado a ver a novela e a passar a ferro (pelo menos é isso que eu imagino a senhora a fazer). Foi rápido, muito rápido. Foi silencioso, muito silencioso. Olhando para trás, foi uma primeira vez particularmente embaraçosa para os dois. Mas foi bom, muito bom. E foi repetido, uma vez por semana, durante quase um ano lectivo inteiro, sem quaisquer interrupções ou outros momentos embaraçosos. É uma sorte eu não ser um teenage dad. Mas isso são outros quinhentos paus.
Coisas que eu não nasci para fazer? Desenhar, pintar e outras artes que pudessem ser leccionadas em Educação Visual e em Trabalhos Manuais. Nunca tive jeiteira nenhuma para estas coisas. Aliás, não foi nem uma nem duas vezes que obtive uma classificação negativa no final dos períodos. Nunca no final do ano, mas passava sempre à rasquinha a estas duas disciplinas. Com isto não quero dizer que tenha nascido com duas raquetes em vez de duas mãos. No campo da massagem, elas valem ouro. Podia ter ido para massagista que não passava fome, mas não é para isso que eu estou fadado. Logo… estou fodido. Ou não!