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Retorno do guerreiro

Retornei de férias. De comboio, que o carro ficou em pastagens mais ensolaradas com pessoas mais sortudas que eu. E o comboio deixa-me na Capital, a menos de vinte minutos de casa sem trânsito. Em Entrecampos para ser mais concreto. Aplico-me na app da Cabify (não fazendo publicidade mas já fazendo), coloco o código promocional que me vai fazer poupar 90% do valor e acordo o serviço porta a porta.


Descansadinho, vejo as estações a sucederem-se. Era para chegar três horas mais cedo e ainda ir fazer coisas, mas o comboio estava esgotado pelo que tive que voltar no seguinte. Perdi o primeiro bilhete e tive que comprar outro, entretanto. Dois bilhetes para uma só viagem, portanto. Um desperdício.


À chegada ao destino, saio apressadamente. Fui o primeiro a sair do comboio. O Cabify estava marcado para as 19:15 e são 19:18. Chego à rua e solto um audível FODA-SE! Estou em Sete Rios. Telefono ao Cabify e explico a situação. "Não há problema senhor, demoro seis minutos a chegar". Maravilhado, observo via aplicação que o rapaz não se perdeu e demora exactamente cinco minutos a chegar à minha beira.


Menos de quinze minutos e estou no meu lar. Sozinho. Sem sono... Vai ser uma longa noite!


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Daquilo da selecção #4

Faço um mea-culpa. Só acreditei depois da vitória contra o País de Gales e não escrevi aqui para não agoirar. E agora, vamos começar o post a sério.


 


Amigo Fernando Santos, és o maior. Provaste ser hoje melhor treinador do que eras no Benfica ou até mesmo no Porto, onde com uma equipa fabulosa falhaste o Bi-Tri. Domingo, com uma manta de retalhos, um pino a ponta de lança (já lá vamos), meio Ronas e algumas decisões incompreensíveis, lá ganhámos o caneco.


 


Vamos olhar com olhar crítico para o onze da final:


Patrício, é bom, é o melhor que temos, mas não se compara a um Neuer, um Buffon ou um Joe Hart.


Cédric, titular em part-time do Southampton, o Guimarães da Liga Inglesa (24 jogos jogados a época passada...)


José Fonte, capitão do Southampton (ver Cédric para mais dúvidas...)


Pepe, mais ou menos titular no Real Madrid com historial de lesões e entradas duras. (21 jogos a época passada)


Raphaël Guerreiro, jogava no Lorient, o Paços de Ferreira da Liga Francesa, foi contratado pelo Borussia Dortmund antes do Europeu começar.


William, eterna promessa do Sporting, senhor 45 milhões há pelo menos três épocas, ninguém lhe pega.


Adrien, Mais uma jóia do Sporting que pode sair todos os anos, mas nunca sai, parece o Beto na década de 90.


João Mário, parece que o Manchester o quer, mas não há meio de arranjar dinheiro para o comprar porque gastou no Ibrahimovic e em mais três ou quatro estrelas de verdade.


Renato Sanches, com 18 anos e 8 internacionalizações, tem muito potencial mas pouca cabeça, ainda.


Nani, na curva descendente da carreira assina pelo Valência


Ronaldo, melhor do mundo, com 65 jogos esta época nas pernas e toda a pressão do mundo em cima das costas.


 


Acho que não me esqueci de ninguém... 1, 2, 3 ... sim estão lá 11. Não precisam de ir contar vocês.


 


Foi com este plantel de luxo que jogámos contra França! França que estava a jogar em casa, que tinha o melhor marcador do Europeu, que já tinha marcado 14 golos e sofrido apenas 2, que entrou com um meio campo demolidor (Pogba, Matuidi, Sissoko e Payet), que arrumou com o Ronas aos 10 minutos de jogo numa entrada inacreditável que nem falta foi marcada mas que é no mínimo cartão laranja... Essa França.


Entre quinta e sábado, disse a quem me quis ouvir que se ganhássemos o jogo era só controlando o meio campo. O que é que aconteceu? Ganhámos o jogo no prolongamento. O Deschamps não substituiu nuinguém e o Santos deu-lhe chocolate quando meteu o Moutinho a comandar as hostes quando o Adrien estoirou. E depois quando tirou o Renato para meter o pino.


O pino, doravante conhecido como Éder, entrou em jogo cheio de força e foi lutar contra dois centrais com muuuuitos minutos nas pernas e fartos de correr atrás do Quaresma e do Nani. E assim que entrou em jogo começou a sacar faltas e amarelos como senão houvesse amanhã. Pôs a cabeça dos defesas em água. Injectou força na equipa. E pronto, a determinada altura deram-lhe espaço que ele ganhou e pimbas, tomem lá morangos. Golo e a vitória já não escapa. O Ronas coitado chorou que nem uma menina, o Pepe (GRANDE Europeu) vomitou de tanto esforço e emoção, o Patrício (GRANDÍSSIMO Europeu) viu a cotação disparar, o resto da equipa em êxtase... Tudo em grande. Foi uma maravilha. E eu em casa sozinho por motivos de... Coiso, não pude ir festejar com ninguém. Nem podia fazer muito barulho que os vizinhos não gostam.



Ganhámos. A taça é nossa. Os Heróis do Mar venceram a Operação Arco do Triunfo (nomes verídicos...). E eu já posso contar aos meus netos que vi Portugal campeão Europeu!